O qué?

Perceberam agora? Não?
Replay, mais 11 minutos, vá lá...
Esclarecidos?

Eu já percebi, e não é preciso ser Sherlock, a mensagem que ele deixou escapar foi: até podem fazer de Belém o novo Big Brother ou a Quinta, perdão, Palácio das Celebridades.... ninguém vai perceber nada do que ele quer dizer e não!
Sempre tive muita estima e respeito por este Senhor, mas ontem fiquei zangada com ele.

Ao terceiro Aie...

Olá meus amigos,

Aqui, quem vos escreve deste lado, esta cara-palida já teve melhores dias, melhor saúde quero eu dizer! Já estou com saudades do tempo do barrigão, nessa altura a única coisa que me poderia aborrecer um bocadinho era o meu tamanho e o peso, mas de resto sentia-me fresca e fofa como uma alface. Passados 4 meses do episodio ai-que-ele- vai-nascer, o meu filho vende saúde e eu só quero compra-la. O que é que tenho? Não faço a mínima ideia, para isso fui ao médico tentar descobrir. Mas começo a suspeitar que 4 meses a tentar dormir aos bocadinhos possam levar a um estado de profundo cansaço. Mas do que eu quero falar é precisamente sobre idas ao médico, ou melhor, das diferenças entre ir ao médico em Portugal e ir ao médico na Alemanha. Em Portugal, ao terceiro Aie, as pessoas vão ao centro de saúde ou às urgências dos hospitais (se forem ciganos vão logo ao primeiro Aie, levam a família toda e batem nas pessoas, se forem ricos vão a clínicas que cheiram bem).

Por aqui, toda a gente tem um médico de família, que se escolhe como bem se entende e as consultas são no seu consultório particular e não no centro de saúde, se a primeira escolha não agradar, siga para bingo e escolhe-se outro. Pagamos 10 € por trimestre e não por consulta, se precisarmos de um especialista, o médico de família passa-nos um papelinho que nos permite ir ao outro médico, sem pagar mais nada, um abuso :-)

Claro que se o terceiro Aie for pós-laboral, depois das 18h00, teremos que recorrer às urgências dos hospitais e imaginem vocês que o tempo de espera é praí de 2 a 10 min… Nem há pulseirinhas coloridas para ninguém, uma vergonha :-) Mas nem é tanto isso que impressiona uma pessoa que conheceu as urgências portuguesas, é mais o silencio que se faz sentir, dá ideia que se esta lá alguém com dores deve estar a doses de morfina, não se ouve um Ui.

Outra grande diferença, são os exames, aqui não precisamos de correr as capelinhas todas, os consultórios dos médicos de família têm sempre uma enfermeira para nos picar e imaginem só, máquinas de ultra-som, fazem tudo na hora, onde é que já se viu uma coisa destas?
Mas perguntam vocês, com tanta eficiência, ainda não sabes do que sofres? Calma, neste momento as litradas de sangue que me tiraram devem estar a ser analisadas e isso demora os seus 3 dias.

Posto isto, também me podem perguntar, mesmo assim, depois do exposto, ainda queres voltar para Portugal?
Pois, é um facto, e contra factos não há argumentos. Na verdade, ando cá com uma vontade de DESemigrar!

Votos de Saudinha para todos.

P.S – Acham que há ciganos a ler este blog? Aieeeeeeeee a minha vida…………

AM, MFL e JS

A. M: Pois é Manuela, faltou-te um bocadinho assim... Sabes, eu ouvi dizer que um terço dos portugueses já não moram no seu rectângulo, são muitos votos, Manuela, muitos votos...

MFR: Palavra?

J.S: Ó Angela, o que é que disseste à Manuela que eu não consegui escutar?


A.M: Disse-lhe que se ela quisesse podia emigrar para a Alemanha, já lá tenho tantos portugueses, mais um menos um...

Façam atenção, que não tenho nada contra (nem a favor) estas duas pessoas, mas confesso que fiquei aliviada com a vitoria do Sócrates, depois desta noite vi renovadas as minhas esperanças de, daqui a 6 anos, quando o meu filho for para a escola receber um Magalhães e não seja eu teimosa, se um dia não escrevo um post naquilo!

De fazer chorar o soalho cá de casa

Não fiquei com depressão pós-parto, mas fiquei com depressão pós-anatomia-de-grey, new season.
Agora vou ali recompor-me.

Cara lavada

Venham cá, não fujam, estão no sitio certo é mesmo verdade!

Então é assim, resolvi mudar um bocadinho as coisas por aqui, quem me conhece sabe que não me dou muito bem com monotonias.
Digam lá se isto agora não parece um blog sério, de respeito!
O problema é que algumas coisas foram à vida, vou ver se as encontro.
Até ja.

Tempo de Antena(zinha)

O espaço de programação que se segue é da exclusiva responsabilidade dos intervenientes em geral e do Sr. Faria em particular, pois mais uma vez lhe tenho a agradecer por me ter cedido os direitos de autor destes dois filmes.

Porquê estes dois filmes? Porque estas duas pessoas estão com a ideia fixa de voltar para Portugal, a Frau Costa na quarta-feira e a iAna no Domingo. A propósito disso tivemos um pequeno convívio no sábado, disseram elas no convite que era para despedidas. Na minha opinião, aquilo não foi despedida coisa nenhuma, foi mais uma forma da iAna limpar o congelador e livrar-se do contrabando cozinhado que a sua mãezinha lhe foi enviando ao longo destes três anos de emigração. Na mesa estava comidinha para todas as idades, croquetes com um ano, perninhas de frango com dois… brincadeira, estava tudo óptimo, principalmente, as papas de sarrabulho :-)

Esteve-se muito bem no bunker da Ana, a única pessoa que chorou foi o meu filho e eram cólicas.

Agora um aparte: para aqueles que pensavam que eu vinha para aqui falar de eleições, peço desculpa, mas eu não falo de coisas “serias” neste blog! Vou apenas dizer que também acompanhamos a “campanha eleitoral” através do Gato Fedorento e que me desculpem os vários candidatos, mas este ano não voto e mai nada!
O Louçã esteve quase para me convencer a votar nele quando disse “preocupo-me é com quem tem que emigrar” esqueceu-se foi de dizer que se preocupa (pelo menos um bocadinho) com quem já emigrou. É pena...

Favorzinho

Alguém se importa de dar um recado meu a esta senhora?
Cuidado com o que vestes que ainda me assustas a criança!
O quê? não dá para perceber quem é?
Pois, aqui vai uma pista:
Uma coisa é ser excêntrico, outra coisa é ser Lady Gaga.
Era só isto, Obrigada.

o post do não-sei-que-titulo-lhe-hei-de-dar

Ontem comecei com as minhas aulas de recuperação pós-parto, o Rϋckbildung como lhe chamam. Vesti o fato de treino, tirei o pó às sapatilhas e lá fui rumo ao que eu pensava que iria ser uma sessão interminável de abdominais. Quando lá cheguei, avistei um rebanho de ex-grávidas numa troca de cromos sobre experiencias de amamentação, troca de fraldas e outras coisas que, claro, não consegui perceber. Aqui o je, a ovelhinha emigrante, fez o que já se habituou a fazer, encosta-se a um canto e começa a olhar para elas, com um olhar de quem está quase a precisar de tratamento psiquiátrico, numa tentativa de captar uma ou outra palavra que me leve a perceber o sentido da conversa. Quase sempre pesco o inicio e depois olha, dou asas á imaginação e faço o resto do filme, geralmente opto por uma versão mais divertida e mais light, por exemplo, ontem estava lá uma que deve ter tido um ataque enorme de hemorróides, era o que a expressão corporal dela me dizia.

A aula começou como sempre com as apresentações da praxe, chegada a minha vez, disse alto e bom som: sou portuguesa e não percebo alemão! A professora olhou para mim com um ar de quem: Pronto, não se fala mais disso e fez sinal à próxima para continuar. Depois de ter ouvido umas 10 alemãs, lá começou a parte teórica, ou seja, uma exaustiva explicação (em alemão) sobre como tinha ficado o nosso mais intimo interior depois do parto! Muito útil, sim senhora… para quem percebeu! Parecia uma aula de anatomia, com uma réplica de um esqueleto e um poster, estava a ver quando é que ela sacava do PowerPoint e do apontador laser.

Chegou a parte dos exercícios. Bom, digamos para já, que as alemãs estão muito mais preocupadas em exercitar aqueles músculos que se devem mostrar a pouca gente na vida. Os exercícios são à base do contrai e descontrai enquanto se repetem umas quantas sílabas estranhas, a dada altura, parecia uma aula para periquitos, neste caso, para periquitas :-)
Depois de pensar no assunto cheguei à conclusão que tem razão de ser, pois tem, não me vá cair uma trompa de Falópio enquanto me passeio por aí.
Para já, livrei-me dos abdominais… ainda não me livrei foi da barriguita!

Ainda estou na dúvida se hei-de publicar isto…
Oooops, já publiquei

SuperBebé

Look! It’s a Bird…it’s a Plane… it’s Superman… no, it’s SuperBebé!!!
Sim, o nosso SuperBebé!

Na vida real não é um jornalistazeco qualquer do Daily Planet, com óculos de massa e apaixonado pela Lois Lane. Na vida real, o nome do superBebé é Miguel, um bebé extraordinário que faz hoje 3 Mesitos! Não há kryptonite no mundo que acabe com os seus super-poderes, este pequenino ser é capaz de derreter qualquer coração adulto!

Aproveito também para dar as Boas-Vindas a este mundo aos 3 novos super-heroi(zinhos) que vieram para colorir ainda mais a nossa vida:

O Rodrigo, o novo SpiderBebé, este vai ser herói lá para os lados de Braga.
A Maria, a SuperBabygirl, que vem ajudar quem estiver em apuros lá para os lados de Sto. Tirso.
O irmão gémeo da Maria, que também se chama Miguel, será o BatBebé, também vai exercer funções de super-heroi em Sto. Tirso, mas é mais no turno da meia-noite às seis.
Parabéns aos seus Papás.

E por hoje é tudo, voltamos um dia destes com um novo episódio das novas aventuras do “SUPERBEBE”.

Um superbeijinho para todos e agora vou ali dar uns pontinhos de costura na meia-calça do superbebé, sim, que isto de ser Mamã de um super-heroi(zinho) tem as suas obrigações.

9 999

Com que então minhas gentes, nove mil novecentos e noventa e nove visitas aqui ao nosso humilde estabelecimento?

Fico contente, claro que fico contente e hoje preciso mesmo de algo que me faça ficar feliz, pois o meu filho está particularmente chatinho, já tentei de tudo, só ainda não tentei uns açoites para ver se chora com razão (brincadeira, era incapaz…) Parece que finalmente vai fazer as pazes comigo, vamos ter silencio, será?

Bom, voltando ao assunto, é muito bom saber que estão por aí a acompanhar esta nossa vidinha de emigrante que de interessante já vai tendo muito pouco. Na verdade, um dos dias mais felizes da minha vida será aquele em que darei como título a um post:

FIM, The End… Finito…

Isso quererá dizer que damos por encerrado este capitulo, que estaremos com a vida empacotada e de regresso a Portugal.

Chegamos dois e voltamos três, só por isso já valeu a pena!

Mas esse dia parece cada vez mais longe, daí só nos chegam novidades de uma tal CRISE, que a crise foi ao banco, que a crise fechou esta ou aquela porta, que a crise não foi de férias… aguardamos então, enquanto isso cá estaremos, neste estabelecimento em que a única coisa que tem para dar e vender são saudades.

Voltem sempre!