04 April 2020

Perguntas bem Facebook:

Eu já não penso, nem eu nem os outros!

17Horas:picos Min:52 Segundos, vou eu ao supermercado, porque me faltavam ingredientes para fazer a receita ultra-secreta da minha Mãe: coelho com café acompanhado de puré, com a desculpa de amanha furar a quarentena e distribuir comida pela família. 
Calço uma meia de cada nação, dou corda e nós aos atilhos dos sapatos mais confortáveis e mais feios que tenho, olho para mim ao espelho do elevador, e este, em vez que me elevar o ego, respondeu-me, ao menos, tinhas-te penteado! 
Continuando, fui de phones nos ouvidos, no volume máximo, grata pela distância de segurança, pois assim, fui a cantar em plenos pulmões tipo karaoke, só para confirmar se estavam bem, e assim consegui afastar cães e humanos, ao som de David Guetta - Titanium ft. Sia, mas em modo de quem snifou um balão de Hélio. 




Sim, sou uma afortunada, posso ir ao supermercado a pé.
Quando cheguei  à porta automática do supermercado, esta não se abriu como eu previ, tive que esperar em fila indiana, aguardar que a segurança permitisse a entrada. 
No entretanto, ela, informa: Podem entrar 3 para compras, quem está para o talho, secção mais concorrida, que me informe que eu dou uma senha, vai daí, vem um senhor de máscara tentar a sua sorte:
"Eu não estou para o talho, mas estou para a peixaria!"
E peixaria foi o que me apeteceu fazer, quando ele se colou ao meu lado, tipo super-herói, a minha mascara protege-me! o meu buço eriçou-se, eu sabia lá quantos dias tinha aquela máscara, quantos vírus não tinham sido lá colados tipo quem mata mosquitos na auto-estrada a mais de 120 km/h. 
Contudo, como não estou no Bulhão, mas em Famalicão, sustive a respiração, quase  a arfar, disse palavrões no meu intimo que até no útero se sentiram.

Lá tive permissão para entrar, foi "bota e bira", mas a dada altura, faço um agachamento para ver o o preço do que estava a levar, sim porque, espero que os Bancos me valham quando isto acabar, escrevendo em nome de todos, também já lhes valemos. 
Retomando, estava eu em agachamento, e oiço rodas de um carrinho em velocidade furiosa, olho para trás, e vejo que era o meu. 
Levanto-me com o joelho direito a latejar e não me contive: 
Eiiii, Ouuuu, Eiiii, óhhhh menina, esse carrinho é o meu!!! a revirar os olhos, que reviram um de cada vez porque são estrabicos.
Cheguei a uma conclusão, já não sei interagir com pessoas verbalmente.
Agora, com V. licença vou temperar o coelho

Fiquem bem!

2 comments:

Maria João Loureiro said...

Então o que te fizeram ao carrinho? ������

Filipa said...

devolveram-me, e pediram-me desculpa. vá lá...