02 May 2020

Filipa Sá Couto, a que um dia sonhou ser vedeta


Ohh, tão fofa, tão rechonchuda, com os joelhinhos tortos e os seus óculos fashion
Se a vissem hoje em dia, no passo acelerado ao supermercado, davam-lhe uma moedinha, pelo seu estado!
Filipa Sá Couto, mais conhecida, neste grupo, como Cristina, ou Tita nos bons momentos, sofre de uma doença rara: é chalupa, na gíria comum, os sintomas são: não joga com o baralho todo, não fecha bem a mala.
Mas Filipa, tem uma explicação super cientifica para a sua Chalupisse, quem é que consegue sobreviver com o nome Filipa Cristina no liceu? O pai de Filipa Cristina, que me desculpe, havia nome mais estridente, com mais iiiiis, a ponderar? Sempre que se portava mal, a sua Mãe, chamava-a pelos dois nomes, os decibéis eram tal, que quando começou a ter buço, logo em tenra idade, todo ele se eriçava, tipo gato em situação de perigo. ahhhrrrgggg

Filipa Sá Couto vai deixar se falar na 3ª pessoa, porque não é jogador da bola.

Ora sou Cristina em casa, ora sou Filipa para os de fora, sou uma mulher do signo Gémeos, com ascendente que não sei qual é, mas dou-me pelos dois nomes reagindo à voz de quem me chama. e porque de astrologia não percebo nada, mas quero encontrar um explicação para o meu humor intermitente, ora está bem, ora está mal. A culpa é dos astros!
Antigamente, quando me sentia, menos bem, comprava sapatos e carteiras, sim, tenho  para la de 52.. algumas a caminho do OLX, hoje em dia, já não compro nada, porque tenho a renda em atraso, contas para pagar, e um carro que parece um amante, tem-me levado os €€€ todos. Tudo ele! é spa para pneus, gasóleo, portagens, reparos de amolgadelas, seguro, imposto automóvel, multas e fora o que ainda tenho em divida. Graças à amabilidade do meu Pai, o fecho da porta já não parece uma metralhadora.
Vou agora falar das minhas diabruras, enquanto criança e adolescente, Pai, tapa os olhinhos, por favor:
Nunca fui menina de bonecas, nem de miniaturas de brinquedos que me ligassem a lides domésticas.
Lembro-me que que ofereceram uma mini tábua de passar a ferro, com um ferrinho tão fofinho, pois eu pequei na chave de fendas e desfiz aquilo tudo, quando fui tentar voltar a montar, sobravam peças.
Lembro-me de uma vez a Mãe desesperada, porque lhe faltava alguma coisa, me ter deixado em casa sozinha por 10 min para ir ao supermercado, ora eu, pequei num tacho e fiz pipocas, queimei a bancada que era de contraplacado, fina como um rato, virei-a ao contrario, o problema foi que a minha Mãe tinha um bom olfacto e era mais fina que eu e logo se apercebeu, fiquei de castigo.
E por ultimo, já tinha eu alguma idade para ter algum juízo, depois de varias aulas de físico-química, mas gostava de experiências, encontrei uma garrafa com gasolina em casa (quem é que guarda gasolina em casa??) adiante, peguei na garrafa, verti o conteúdo na sanita, acendi um fosforo e kabooooom, virei o pescoço como a miúda do exorcista,um clarão de chamas, só não me incinerei por sorte, quanto à sanita também saiu ilesa, a seguir foi esfregada como nunca tinha sido, sobreviveu, livre de todos os germes.
Faltou a parte de comer as pontas de fósforos e provar caldos Knorr, como se fossem rebuçados, enfim, o meu filho até é bastante ajuizado, sai ao Pai.

E sobre mim, por hoje é tudo,

Com muito amor, para todos Vós,
Fiiiiilipa Cristiiiiiina Siiiiilva e Sá Couto, pareço um cavalo a relinchar

Como Não ficar aborrecido, parte 2, por M. Guimarães

Agora falando de mim,
Eu tenho de parar de jogar, enfim

De certeza que não sou só eu
Até o César jogava,
Quando não havia gladiadores no coliseu

Óh Adultos, para todos os que lerem isto
Mexam uma palha, façam o que pregou J. Cristo
Pendurem a roupa no estendal, pelo menos isso
Mostrem trabalho não se encolham como um ouriço


Dedicado ao Nuno Couto

Como não estar aborrecido, um poema de M. Guimarães

Faz jogos divertidos 
Não pode ser com os amigos 
Mas sim com a tua família 
Este é o início de uma grande poesia 
Com a tua mãecom o teu pai 
Com os avós essa ideia já lá vai 
Sai á rua só para o necessário 
Não te preocupes que o Covid-19 não é hereditário 
Não fiques muito tempo ao ecrã 
Podes tricotar pede á avó um pouco de lã 
Em vez de ficares o dia todo a ver Netflix 
Podes ler uma banda desenhada do Asterix e Obelix 

 

Miguel de Ataíde Sá Couto Guimarães