11 June 2008

Desabafo feminino

Depois de andar a adiar já há algum tempo uma ida ao cabeleireiro, lá me decidi e fui ao mais próximo que encontrei, e que, por acaso fica mesmo no prédio ao lado do nosso. O público masculino que me perdoe mas eu sei que as mulheres me vão compreender e eu precisava de desabafar!
Adiante, entrei e perguntei à menina se falava inglês ao que ela respondeu um pouquinho. Achei que um pouquinho bastava já que eu só precisava de apontar para os cabelos brancos que estavam na minha cabeça. Ela perguntou-me se eu queria fazer umas madeixas para dar luz e brilho ao cabelo e eu concordei. Tínhamos então que escolher a cor. Para meu espanto, a menina só me mostrava amostras de cabelo loiro, Hallo…dahhh… eu sou morena, são sou nórdica pois não?
Lá chegamos a um consenso quanto à cor e ela lançou mãos-à-obra. Começou a fazer as madeixas, ou melhor nuances (que é mais fino) e quando dei por mim tinha tanto papel de alumínio na cabeça que parecia uma lista telefónica metálica!
Depois de 45 minutos com o alumínio na cabeça confesso que estava a ficar com medo de sair de lá completamente oxigenada! Mas a sorte esteve do meu lado, e quando me lavou a cabeça suspirei de alívio por ver que ainda tinha o cabelo castanho. Foi então que me disse que devia cortar as pontas do cabelo que estavam muito secas, pegou na tesoura e Zás, nem me deu tempo de dizer nada, também não adiantava ela tinha uma tesoura na mão e eu não sei gritar por socorro em alemão.
Mas, mais uma vez respirei de alívio e só cortou mesmo as pontas, o melhor ainda estava para vir, o brushing, limitou-se a secar-me o cabelo ao som do secador e para terem uma ideia de como saí de lá, digamos que estava parecida com este senhor:

Pelos vistos, aqui as pessoas só vão ao cabeleireiro para cortar o cabelo, depois dão-lhes o secador para a mão e elas que o sequem se quiserem… depois de saber isto, afinal eu ainda tive sorte…claro que cheguei a casa e abracei-me ao meu secador. E o pior é que a experiência não foi barata! Até uma ida ao cabeleireiro eles conseguem estragar. Que saudades eu tenho da minha cabeleireira…
Afinal de contas de que serve ser dondoca num país onde não gostamos dos cabeleireiros, não há esteticistas e manicures ainda estou para saber onde ficam…mais vale ir trabalhar!

Como podem constatar pela profundidade destas palavras a minha vida tem sido muito interessante… intelectualmente quero dizer!

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